domingo, 23 de maio de 2010

A celebração do Baptismo

Hoje ficarás a saber que…
No fim da ladainha (invocação da intercessão de alguns santos, conforme víamos na semana passada), na celebração do Baptismo, quem preside faz a oração de exorcismo, que antecede a chamada unção pré baptismal.
Esta oração é designada de exorcismo porque nela pede-se a Deus que liberte a pessoa a baptizar de todo o mal, causado pela mancha do pecado original, e a torne morada do Espírito Santo.
Após esta oração, unge-se a pessoa, no peito, com o chamado óleo dos catecúmenos. Um catecúmeno é aquele que se prepara para receber o Baptismo. Ao administrar este óleo, neste momento, é com o significado de que aquela pessoa já está preparada para receber a água do Baptismo que a purificará da mancha original, a tornará filha querida de Deus, membro da Igreja e templo do Espírito Santo.
Este ritual pode ser suprimido por razões graves como a urgência do baptismo. Pode acontecer de a pessoa estar em grave risco de vida e não haver tempo para ele. Nestes casos, quem preside ao baptismo impõe as mãos sobre a pessoa a baptizar pedindo que o poder salvador de Cristo redentor fortaleça aquela pessoa.
Terminada a unção com óleo dos catecúmenos, dirigem-se todos para junto da pia baptismal, onde se começa por fazer a bênção da água, que irá ser derramada sobre quem vai ser baptizado. Ainda que a água já esteja benzida, como acontece no tempo pascal em que a bênção é feita na vigília pascal, deve-se recordar sempre, às pessoas presentes, o desígnio admirável de Deus que quis santificar, pela água, a alma e o corpo.
Durante esta oração de bênção, o sacerdote invoca o simbolismo da água na história da salvação, estende a sua mão sobre a pia baptismal, invocando a força do Espírito Santo, e, finalmente, mergulha a sua mão na água. Tudo isto com o significado de que a graça purificadora de Deus, pelo sacerdote, desce até àquela água.

A Palavra de Domingo

A terceira pessoa da Santíssima Trindade é enviada por Cristo para transformar o coração dos Seus discípulos e se tornarem testemunhas da Sua ressurreição. Porém, esta força, capaz de fundir as pedras e arrasar as montanhas, respeita a vontade humana e só actua se cada um de nós quiser.
Na 1ª leitura (Actos 2, 1-11) e no evangelho (João 20, 19-23) é-nos descrito como a força do Espírito Santo transformou os discípulos, temerosos e tristes, encerrados no cenáculo, em testemunhas audazes e alegres de Cristo ressuscitado.
Esta transformação vai até ao ponto de se exprimirem com tanta clareza que até os estrangeiros os entendem.
Jesus, que sobe para junto do Pai, não nos deixa sós. Ele faz descer, sobre aqueles que nele acreditam, a força do Espírito Santo para que os fortaleça na tarefa missionária da Igreja.
Os que aceitam a força do Espírito deixam de viver isolados, fechados em si mesmos, como os apóstolos no cenáculo, e partilham com todos a Boa Nova de que Jesus está vivo e tem um projecto de vida que conduz á verdadeira felicidades. Esta partilha e comunhão faz crescer a Igreja que Jesus fundou.
A 2ª leitura (I Coríntios 12, 3-13) destaca a comunhão e o serviço da Igreja como uma consequência da presença do Espírito. Numa comunidade, cada membro é enriquecido pelos diversos dons para, numa atitude de serviço, os partilhar e, assim, ajudar a Igreja na sua caminhada sobre a terra. Quando nas nossas comunidades não existe unidade entre todos e capacidade de servir a todos é sinal que houve resistência ao Espírito que não penetrou nos nossos corações. Por outras palavras, Igreja local (paróquia) que não vive unida e a partilhar, sem interesses ou exibicionismos, aquilo que tem e sabe não é uma Igreja conduzida pelo Espírito Santo. Como tal, pode até ser uma comunidade que acredita em algumas verdades acerca de Cristo, mas, como não é conduzida pelo Espírito, não é uma comunidade de Jesus Cristo

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